Atualmente, são oferecidas pelas empresas cerca de 200 mil vagas e somente 110 mil estão preenchidas. A inclusão do deficiente físico no mercado de trabalho cresce a cada ano, nos três primeiros meses de 2011, 7 mil pessoas com algum tipo de deficiência física passaram a ser inclusas na lista de trabalhadores formais, representando um aumento de 40,7% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Apoiados pela lei de cotas, que determina que empresas que tem mais de 100 funcionários devem reservar uma porcentagem proporcional ao seu tamanho para trabalhadores reabilitados ou portadores de deficiência. Cursos de capacitação profissional também têm trazido muitas oportunidades.
Porque existem tantas vagas ainda não preenchidas no mercado de trabalho para deficientes físicos? As razões devem estar ligadas à própria justificativa da existência dessa cota legal, isso é necessário porque nós vivemos em uma situação de injustiça histórica: há uma cultura ainda de não inclusão das pessoas com deficiência no nosso cotidiano, no cotidiano no mundo do trabalho. As empresas ainda estão sob esta influencia e tem ideias pré-concebidas que fazem com que essa inclusão não seja feita da forma como deveria. Há outros fatores que são alegados como a falta de pessoas com deficiência qualificadas, as dificuldades de acessibilidade decorrentes da precariedade dos sistemas de transporte públicos coletivos, etc. Mas tudo isso deve mudar, essas vagas serão preenchidas quando nós assumirmos a ideia de que as pessoas devem ser contratadas ou não, pelo que elas têm de capacidade para o trabalho independentemente de ter uma ou outra característica individual, dentre elas uma deficiência sensorial, física ou intelectual.